Conheça a história das tecnologias que protegem dados contra roubo
seg, 23/04/12
por Altieres Rohr |
categoria Coluna
Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação
(antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da
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deixadas por leitores todas as quartas-feiras.Tecnologias que são consideradas “antigrampo” levantam discussões no mundo da segurança digital há tempos. São sistemas que utilizam a criptografia para dificultar o trabalho de qualquer um que tenha interesse nos dados – seja um ladrão, seja a polícia. A criptografia é qualquer técnica que cifra (codifica) uma informação para torná-la ilegível para qualquer pessoa exceto seu verdadeiro destinatário ou dono, que é capaz de decifrar os dados e acessar o conteúdo original.
A aplicação de uma tecnologia criptográfica não depende de um meio ou protocolo específico. Qualquer sequência de bits – seja uma chamada no Skype, uma ligação via celular ou telefone fixo, um vídeo, um cartão de memória ou disco rígido inteiro – pode ser codificada.
Atualmente, há empresas legalmente estabelecidas que vendem esse tipo de tecnologia e nem elas mesmas são capazes de quebrar os dados que foram protegidos. Essas tecnologias foram inicialmente desenvolvidas durante as guerras, com consideráveis avanços durante a Guerra Fria. Paralelamente, especialistas em criptoanálise buscavam encontrar meios de quebrar os códigos gerados pelo adversário –códigos alemães, japoneses e soviéticos foram quebrados pelos americanos com o auxílio dos computadores mais rápidos da época.
Durante anos, quem publicasse informações sobre tecnologias de criptografia nos EUA estava sujeito a ser preso, acusado de “exportação de armas”, porque criptografia “forte” (leia-se: que o governo não era capaz de quebrar) era considerada “munição”. O criador do Pretty Good Privacy (PGP), Philip Zimmermann, foi investigado devido ao seu código que gerava textos cifrados com chaves fortes.

Philip Zimmermann publicou código em livro para burlar lei. (Foto: Divulgação)

